terça-feira, 25 de janeiro de 2011

NOVOS POÇOS EM 2011: Petrobras vai investir R$ 200 milhões

A Petrobras prevê, só em 2011, investimentos de aproximadamente R$ 200 milhões na exploração de dois poços de petróleo que serão perfurados em águas profundas no Ceará. A empresa informou que os estudos feitos até agora indicam a presença de petróleo (líquido) na bacia do Ceará e não descartam que haja jazidas de gás natural.
A fase de estudos técnicos para início das perfurações deve ser concluída até dezembro deste ano. Apenas depois da conclusão das perfurações e dos testes dos poços é que a Petrobras será possível estimar o tempo necessário para a produção do petróleo descoberto, informou a Petrobras ao Diário do Nordeste.Até 2014, os investimentos em exploração no Ceará devem chegar a R$ 350 milhões. "Caso estas perfurações indiquem bons resultados, a área deverá passar por investigações perfurações adicionais, visando verificar o tamanho da eventual jazida. Os novos resultados, aliados às condições de mercado, determinarão a comercialidade e a data de entrada em produção de qualquer nova descoberta", informou a assessoria de imprensa da empresa.
Navio-sonda
A sonda prevista para perfurar poços na bacia do Ceará é do tipo navio-sonda. O equipamento tem capacidade de perfuração até sete mil metros de profundidade e opera em profundidade d´água de até três mil metros, segundo a Petrobras.
Os poços serão perfurados a uma profundidade aproximada de cinco mil metros e a uma profundidade d´água entre 1800 metros e 2100 metros. Sobre a capacidade de produção , a empresa informou que ela só será conhecida após a perfuração dos novos poços no Ceará, quando serão realizados testes e avaliações que são condicionados à descoberta de jazidas de petróleo. Nesta fase de exploração não são, de acordo com a Petrobras, discutidos aspectos comerciais de possíveis jazidas.
Geração de emprego
A Petrobras ainda não estima quantos novos postos de trabalho serão gerados com as novas áreas a serem exploradas no Ceará. Isso, segundo a empresa, vai depender do sucesso destes poços. "A atividade de perfuração destes poços envolve intenso apoio logístico, como hospedagem, alimentação, serviços médicos etc., que poderá aproveitar mão-de-obra da região. No entanto, não é possível precisar o número de vagas de trabalho que serão criados nesta fase", divulgou a Petrobras.
Se as primeiras perfurações indicarem bons resultados, a área deve passar por perfurações adicionais para verificar o tamanho da eventual jazida. "Os novos resultados, aliados às condições de mercado, determinarão a comercialidade e a data de entrada em produção de qualquer nova descoberta", informou a Petrobras.
Pré-sal
Os conhecimentos geológicos atuais da bacia do Ceará não preveem a ocorrência de rochas com características semelhantes às encontradas na camada pré-sal das bacias de Campos e Santos, de acordo com a empresa petrolífera. A Petrobras adiou a licitação de compra de 28 navios-sondas para explorar pré-sal, encomenda que pode chegar a US$ 30 bilhões. A empresa não confirmou se essa licitação incluía equipamentos previstos para o Estado do Ceará.
A abertura das propostas estava prevista para amanhã. Segundo a estatal o prazo foi estendido para depois do dia 17 de novembro. Há um conflito de interpretação entre grupos participantes sobre regras do edital sobre o licenciamento ambiental dos estaleiros que irão construir os navios.
A Petrobras confirmou em nota que o adiamento se deveu ao impasse com a documentação ambiental, mas não entrou em detalhes. Disse apenas que até dia 17 as empresas devem apresentar licenças de instalação ou de operação emitidas por órgãos ambientais.
COMPRA DE NAVIOS
Impasse ambiental adia licitação
Segundo a Petrobras, o novo prazo para a abertura das propostas foi estendido para o próximo dia 17
Brasília/Rio - Um impasse ambiental levou a Petrobras a adiar novamente a licitação de compra de 28 navios-sondas para a exploração do pré-sal. Isso vem atrasando a divulgação do resultado da licitação, cujo processo teve início em outubro de 2009 e, conforme especialistas, já pode comprometer o cronograma de exploração do petróleo do pré-sal. O consórcio liderado pela construtora Odebrecht (com OAS e a UTC) questionou o licenciamento ambiental do grupo composto pela Alusa e Queiroz Galvão. A Odebrecht teria também questionado a documentação ambiental do projeto Eisa Alagoas, do grupo Synergy.
Empresas se defendem
As empresas Alusa, Eisa e Jurong apresentaram recursos alegando que as áreas onde serão construídos seus estaleiros estão legalizadas e licenciadas, sem pendências com o Ibama ou com outros órgãos ambientais.
A Petrobras confirmou em nota que o adiamento da licitação se deveu ao impasse com relação à documentação ambiental, mas não entrou em detalhes. Disse apenas que até o próximo dia 17 as empresas devem apresentar as licenças de instalação ou de operação emitidas pelos órgãos ambientais. E que, findo esse prazo, ela marcará a data de abertura dos envelopes.
Segundo a companhia, a exigência desses documentos já estava originalmente no processo de contratação das sondas de perfuração marítima e não comprometem a competitividade. "A produção do pré-sal não vai ter relação com o caixa da Petrobras, se ela está capitalizada ou não, mas principalmente com a velocidade da indústria nacional de fornecer os equipamentos para a produção em tempo hábil´´, diz Adriano Pires, especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie).
Angola
A Petrobras anunciou ontem que descobriu petróleo de alta qualidade no litoral de Angola, a 470 metros de profundidade no poço Cabaça Sudeste-2, que faz parte do Bloco 15/06 e está distante 100 km da costa.
Segundo a empresa, essa é a segunda descoberta no bloco. As avaliações iniciais indicam óleo com densidade de 34º API e com vazão de aproximadamente 7 mil barris/dia.
PROJETOS DO PRÉ-SAL
Votação deve ficar para o ano que vem
Primeira missão do Congresso nos dois meses restantes do ano é aprovar Orçamento de 2011, diz líder do governo
Brasília/ Nova York - O líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), admitiu ontem que a votação dos projetos do pré-sal podem ficar para o ano que vem. Apesar de o tema ser apontado como prioritário pelo governo, o deputado alerta que o tempo é escasso.
Segundo ele, a primeira missão do Congresso nesses dois meses restantes é aprovar o Orçamento de 2011. Pelo regimento, não é possível haver sessão no plenário ao mesmo tempo das reuniões da comissão mista de orçamento, o que dificulta os trabalhos.
Até o recesso de final do ano, há apenas 11 sessões de plenário restantes. Outro entrave é que doze medidas provisórias trancam a pauta de votação na Câmara. "A garantia que dou é que vamos lutar (pela aprovação dos projetos do pré-sal), mas não tenho um cheque em branco aprovado pela atual Câmara dizendo que vamos aprovar", disse Vaccarezza. "É muito difícil qualquer votação na Câmara nesses onze dias".
Na prática, os deputados precisam votar ainda apenas o projeto do Fundo Social, no qual foi incluído a mudança de modelo para a partilha. Em discurso no domingo, a presidente eleita Dilma Rousseff apontou a aprovação dos projetos de pré-sal como prioritário. Apesar de haver sessão marcada para esta quarta-feira, Vaccarezza admitiu que não haverá sessão deliberativa nessa semana.
Preços
Os preços do petróleo fecharam em alta ontem em Londres e Nova York, após a publicação de indicadores industriais positivos na China e nos Estados Unidos, os dois principais consumidores de petróleo do planeta.

Compilado do Jornal Diário do Nordeste



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