A cartilha já é mais que conhecida. Calor com água parada é o verdadeiro coquetel molotov do verão. Todos os anos, no entanto, quando o tempo começa a esquentar, os primeiros casos de dengue vão aparecendo, até a doença se transformar em um surto.
Prevendo mais uma epidemia para a estação, a prefeitura do Rio criou 20 polos de atendimento à dengue espalhados pela cidade. Na Ilha do Governador, a Clínica da Família Assis Valente, na Estrada das Canárias, no Galeão, foi o local escolhido para prestar o atendimento emergencial aos pacientes.
— Foi montada na clínica uma sala especial, com sete leitos exclusivos para atender esses pacientes — explica Hugo Fernandes, médico e coordenador de saúde responsável pela Assis Valente.
Também para essa sala, foram contratados novos funcionários: são dois técnicos de enfermagem, um enfermeiro e um médico por turno. O atendimento é feito das 8h às 20h.
— Quando um paciente chega com suspeita de dengue, fazemos imediatamente um exame de sangue. Se for confirmada a doença, podemos transferi-lo para um hospital próximo, para internação, ou prestar atendimento na própria clínica, se for um caso menos grave — conta Fernandes.
De acordo com o médico, a vantagem do polo em relação às emergências dos hospitais da rede pública é a agilidade no atendimento.
— Cada polo possui equipamento para fornecer resultados tanto para o hemograma quanto para o teste rápido da dengue, que fica pronto em apenas 20 minutos.
Mesmo confiando na estrutura montada para atender a população, o médico faz questão de relembrar a cartilha.
— É preciso que as pessoas entendam que o mosquito transmissor da dengue está dentro dos nossos lares e a reprodução dele na água parada é muito rápida. Todo mundo tem um ponto que acumula água em casa. Não podemos nos descuidar. Tampar poços e caixas d’água, colocar areia nos vasos de planta e virar de cabeça para baixo latas e garrafas armazenadas são medidas simples, que todos podemos fazer — ensina.
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